12 de nov. de 2009

COFEN - Defesa do Parto Normal



O presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Manoel Carlos Néri da Silva, conclamou a população a apoiar as entidades de classe ligadas à enfermagem na defesa pela ampliação das casas de parto no país e ainda pela atuação dos profissionais de enfermagem na política de saúde materno-infantil. Ele exigiu que o Ministério da Saúde tenha um posicionamento claro quanto à assistência materno-infantil e destacou a união das entidades de classe ligadas à enfermagem em torno do assunto.

Manoel Néri presidiu, nesta quarta-feira (dia 4), no Rio de Janeiro, um importante evento em defesa do Movimento Internacional pelo Parto Normal. O encontro, realizado no Jockey Club, prevê a realização de palestras, debates, grupos de trabalho e ainda uma conferência abordando a questão das evidências científicas sobre atenção de Midwives na assistência ao Parto e Nascimento.

“O interesse público não pode ser prejudicado pela atuação de setores que desejam manter as casas de parto fechadas”, denunciou o presidente do COFEN, para quem existe um movimento em curso para se restringir, cada vez mais, a participação dos profissionais de enfermagem nas políticas públicas de defesa do parto normal. “Não podemos permitir que, sob o argumento de uma falsa qualidade, setores da sociedade impeçam a ampliação das casas de parto no país”, afirmou.

O encontro em defesa do parto normal é promovido pela Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras (ABENFO), em parceria com o The Royal College of Midwives (RCM). O presidente da ABENFO, Herdy Alves, alertou que os índices de mortalidade neonatal no Nordeste e na região da Amazônia Legal ainda são altíssimos. A presidente da Junta Interventora do COREN fluminense, Rejane de Almeida, afirmou que o Rio de Janeiro é um importante pólo no país de defesa do parto normal. Ela destacou que o Ministério da Saúde cumpre um importante papel na somente na ampliação, cmo na consolidação das casa de parto no país. Ela lembrou a existência de uma série de Portarias e Resoluções baixadas pelo ministério, que regulamentam a participação de profissionais de enfermagem na realização de partos normais.

A The Royal College of Midwives (RCM) defende que a opção pela realização do parto normal, além de oferecer segurança às gestantes e aos bebês, representa uma série de benefícios para as famílias a médio e longo prazos. A entidade britânica assegura que para o êxito do programa, é fundamental o engajamento do poder público na criação de políticas públicas que privilegiem o parto normal. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, deverá participar do evento, durante a cerimônia de encerramento, marcada para esta quinta-feira (dia 5).

Em abril passado, a Justiça fluminense acatou pedido de liminar impetrado pelas entidades de classe da enfermagem, determinando a reabertura da Casa de parto David Capistrano Filho, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Inconformados com o fechamento da unidade vinculada à Prefeitura do Rio, o COREN/RJ e o Sindicato dos Enfermeiros promoveram uma caminhada, na orla de Copacabana, contra a interdição da unidade. A presidente do COREN fluminense, Rejane de Almeida, disse na ocasião que o fechamento da instituição representava uma perda para centenas de gestantes. “As gestantes querem ter a opção de poder dar à luz aos seus filhos num ambiente humanizado e diferente das maternidades convencionais”, afirmou.

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